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Radialista que viveu mais de 30 anos em Carazinho deseja encontrar família biológica

Foto Divulgação/Arquivo Pessoal

 

Quem é de Carazinho provavelmente conhece o personagem da história que vamos contar. Possivelmente ouviu ele no rádio, animando o amanhecer carazinhense com o melhor da música gaúcha. O que pouca gente sabe, é que Eduardo Henrique da Costa Fluzer, o Duda Missioneiro, tem um grande sonho: encontrar a família biológica.

 

A história dele começa em Santo Ângelo. Duda nasceu no hospital da cidade, no dia 22 de julho de 1966. Sua naturalidade lhe rendeu o apelido “Missioneiro”. Com 4 dias de vida, sua mãe biológica entregou-o para adoção. O casal que criou o radialista, Maria Elisa Costa Fluzer e Luis Dario Fluzer, saiu de Porto Alegre para buscá-lo e foi no bairro Tristeza, na capital, que ele cresceu.

 

Hoje com 58 anos, Duda diz que ter poucas informações sobre este assunto e que ele sempre foi tabu na família. Quando questiona parentes, não obtém muitas respostas, embora confirmem que ele foi realmente adotado. Maria Elisa, mãe de criação, falecida há dois anos, também nunca lhe contou sobre, mas ele tem indícios de que era adotado desde criança. “Quando eu tinha cerca de 7 anos, minha mãe me levou até a vizinha e disse ‘vamos ficar aqui porque ela vir e quer ver ele’. Eu ouvi esta conversa. Então ela foi até Porto Alegre me ver e eu escondido, da janela, avistei minha mãe biológica andando na rua. E minha mãe adotiva, talvez por medo de que ela me quisesse de volta, resolveu me esconder”, recorda.

 

Sobre sua origem, Duda descobriu que sua mãe, de origem humilde e se envolveu com um médico na cidade. Sozinha com um filho, ela não tinha condições de cuidá-lo e resolveu entregá-lo para adoção.

 

Em 2015, Duda e a esposa Rejane foram a Santo Ângelo em busca de informações. Foram ao hospital onde nasceu e ao registro de pessoas, mas como o registro é antigo, não foi possível encontrá-lo.

 

Aos 20 anos, Duda deixou a capital para viver em Carazinho. Embora planejasse questionar Maria Elisa sobre a adoção, o radialista nunca teve coragem de fazê-lo. Tinha medo de magoar a mãe. As vizinhas, em Porto Alegre, também não sabiam. “Sempre quis perguntar, mas quando estava com ela não tinha coragem. Tem parentes que conhecem a história, mas não revelam as informações”, lamenta.

 

Hoje vivendo em Caxias do Sul e aposentado do rádio, Duda Missioneiro acredita que contar a própria história na internet, pode ajudar a encontrar os demais personagens envolvidos nela. “As possibilidades são muitas. É possível que os pais já tenham falecido, mas também que possam estar vivos e talvez, gostariam de saber onde estou. Posso ter irmãos, tios, sobrinhos, outros familiares... Alguém deve saber desta história...”, analisa.

 

O casal Maria Elisa e Dario não tiveram outros filhos, além de Duda. O radialista defende ser seu direto conhecer sua real origem, embora seja eternamente grato por tudo que os pais adotivos lhe proporcionaram.

Data: 02/01/2025 - 13:43

Fonte: Mara Steffens

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